Como pensar em gestão de talentos nas pequenas empresas?
Por Juliane Yamaoka (Gerente da Efix)
As pequenas empresas estão em franco crescimento no Brasil, representando 27% do PIB (Produto Interno Bruto) e 54% das vagas formais no mercado de trabalho, de acordo com dados do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) divulgados em 2017. Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), uma pequena empresa no Brasil é aquela com até 49 funcionários, se for do setor comercial ou de serviços, ou com até 99 funcionários, se for do setor industrial. O faturamento também é fator determinante para sua qualificação como pequena empresa: o valor máximo deve ser de R$ 3,6 milhões ao ano.
Não podemos pensar que o fato de a empresa ter poucos funcionários vai isentá-la da necessidade de “cuidar” de quem trabalha no negócio e “acompanhar” seu potencial. Em muitos casos, os profissionais começam sua carreira nas pequenas empresas. A oportunidade pode não ser o “emprego dos sonhos”, mas é considerada um grande passo para o início de uma carreira promissora. Para que isso se torne realidade, é fundamental que o indivíduo seja “lapidado”, “orientado” e “preparado” para os maiores desafios do mercado.
Neste cenário, o clima organizacional é um aspecto importante para garantir que os profissionais se sintam motivados a crescerem junto com o negócio e se mantenham engajados em suas tarefas, aproveitando oportunidades de aprendizado e desenvolvimento. Investir em um ambiente de trabalho agradável, tanto do ponto de vista visual quanto comportamental que estimule o crescimento, é um dos primeiros passos para contar com um clima organizacional favorável.
As pequenas empresas podem evoluir consideravelmente com um ambiente de estímulo ao aprendizado e ao desenvolvimento. Veja a seguir três fatores, interligados e igualmente importantes, que contribuem para este processo:
– Comportamental: Todo local de trabalho tem suas divergências de ideias e relações, mesmo que a empresa tenha poucos funcionários. Os motivos podem ser os mais diversos: alguém “leva” os problemas pessoais para dentro da empresa e “desconta” nos colegas, um funcionário “não vai com a cara do outro”, ou os funcionários discordam em relação à forma de trabalhar, entre outros.
Por isso, é importante adotar uma política básica de gerenciamento de conflitos, pois estes, inevitavelmente, vão acontecer. Com a política, é possível, pelo menos, minimizar os degastes e evitar problemas de descontentamento, desengajamento e queda de rendimento profissional.
– Educacional: Tão importante quanto a remuneração é ter um programa contínuo de treinamento e desenvolvimento corporativo, mais uma vez levando em consideração que é grande a chance de ter mão de obra em início de carreira.
O verbo engajar é, por fim, a ordem para a gestão de talentos nas pequenas empresas. O engajamento dos funcionários por meio do aprendizado, de comportamentos favoráveis e valorização é o que dá às empresas de pequeno porte a oportunidade de crescer.
(fonte: Administradores.com.br)
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